Sempre precisei me cuidar das fantasias. Elas costumam se esconder entre meus pensamentos. Gostam de brincar de esconde-esconde. Quando estou bem elas saem de seus esconderijos e bagunçam tudo. Típico de criança. - Ora, diria um profissional, as fantasias possuem características infantis. Não, não estou me proibindo de fantasiar, o que é saudável. O que preciso é de prudência, aquela que o Tio Aristóteles pregava a 2500 anos atrás em Atenas. Pra isso preciso ter percepção. Somente a partir dela que, no momento, posso identificar se há um meio-termo ou não. A razão, trabalhando junto com o afeto, tem me auxiliado bastante. Na busca deste equilíbrio vivo, em doses homeopáticas.
A primeira coisa que me traz equilíbrio é saber que Amo Amar. Estar apaixonado me traz energia, entusiasmo e uma sensação de Vida plena. Não sou mais inocente e ingênuo para pensar que amo a pessoa e sim, o que ela representa pra mim, quer dizer, a pessoa que construo na minha mente a partir das minhas vivências. Muitas vezes construí imagens de pessoas que não existem e me dei mal. Outras levaram-me ao esplendor da relação. Percebi que sou eu que faço isso. Saber que posso separar a fantasia da realidade me permite colorir a Vida. Pois sou Eu que me relaciono com Ela. Se quero enxergar meu amor como único no mundo, enxergarei. Se quero que meu amor seja a pessoa mais linda do mundo, ela será. Que potencial. Quantas possibilidades! Por isso escolho como vai ser meu dia! Aviso: isto é possível desde que a prudência esteja moderando esta relação. O observador põe a realidade.
Amar de fato é vivenciar toda minha vida no dia de hoje a partir das minhas escolhas, intensamente. Enfim sou eu que faço a diferença. Sou eu que decido. Hoje escolho alimentar o Amor pela Vida, com todas as suas expressões, com todas as suas formas e conteúdos. Amo a Vida, danço com ela e ela dança comigo. Querer bem a si se expressa nos Outros. É contagiante como o riso.
Parei de me apoiar e culpar os Outros. Busquei forças em outros lugares e acabei achando em mim. Estava tão perto e não percebia. Alimentei o Amor nas atitudes individuais e daí conclui que querer bem a Si é permitir que os Outros se queiram bem. Pois estamos conectados por nossos sentidos. Atitude egoísta elevada a ultima potência permite o Amor. Mais uma vez o Amor Venceu!!!
2 comentários:
Que lindo, Daniel! Como estás escrevendo bem... Teus textos estão maravilhosos!!!
Abração!
Qualquer comentário que fizesse seriam meras palavras perto daquilo que podemos sentir...
Grande coração.
Fica o abraço irmão.
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