Há o perigo
de olhar o bloco e não as partes que o compõe. De olhar a corrente e não os
elos. De olhar a floresta e não as árvores. O perigo de anular a
pessoa em nome do coletivo. Me preocupa o exagero dado ao Individualismo. Vejo grupos,
pessoas, instituições lutarem, cada um em sua ilha, isolados. O que
faz com que cada um lute sozinho? Penso que o caminho natural para
criar e manter a identidade, sua consciência, sua personalidade, é
o da livre associação. Por que não acontece espontaneamente a
livre associação ?
Olho a
realidade e ela me informa que o individualismo real sofre os efeitos das leis naturais, aquelas descritas pela Física, Biologia e
Psicologia. O Capital entendeu essa observação e cooperou para que
o processo de individuação (geração de indivíduos) fosse
fragmentada de forma intensa. Isto resulta em estranhamento e por consequência na dificuldade de reconhecer a empatia, o mutualismo e a solidariedade.
Como aconteceu com a Torre de Babel no Antigo Testamento, hoje todo mundo fala mas
ninguém se entende. O Capital assimilou o individualismo, criou
variações do mesmo e depois os apartou em diversas direções sob o argumento da Liberdade. Diante deste processo uma certeza me assalta: a solução não está no coletivismo monobloco ou qualquer forma de pensamento que submeta o menor ao
maior, como acontece na hierarquia (coletivo versus individuo). Como
Nietzsche dizia: todo forma de coletivismo cheira a rebanho.
A
realidade é perspectivista por natureza. As Leis da Física endossam
esta afirmação. Os primeiros conceitos que fundamentam o
perspectivismo se encontram na matéria e na sua relação com o espaço e o tempo. Por exemplo: dois
corpos não ocupam o mesmo lugar. Consequência: se duas pessoas
(corpos) observam um quadro (espaço) logo teremos duas concepções a
respeito do quadro pois estas pessoas estão em lugares (espaço) e
tempo diferentes. Esta simples observação permite evoluções
lógicas que fundamentarão, mais tarde, o que é um indivíduo. Esta
experiência única que exclui os outros, sentida por cada um dos observadores traz o
sentimento legitimo de unicidade onde se manifesta a originalidade necessária a formação da identidade,
da consciência. Daí nasce a individualidade. Da luta
para preservar o indivíduo do coletivo nasce a escola de pensamento
chamada Individualismo.
O
pensamento grego que, em parte, se originou de sua mitologia, possui exemplos significativos da busca de independência do homem em relação ao deuses. Prometeu é um desses exemplos. Entendo deuses
como entidades conceituais que emanam diretrizes comportamentais
(moral) que pedem em troca obediência. Estes entes (ideias) criados
por um pequeno grupo para submeter o rebanho conseguem criar um véu
na consciência (indivíduo) dificultando o questionamento e/ou a
dúvida, elementos constituidores para a reflexão. Com passar do
tempo passamos a obedecer conceitos destas autoridades introjetadas
através da educação servil aos ícones dos conceitos “Pai”,
“Deus”, “Estado” e “Patrão”. Toda forma de hierarquia gera autoridade. Eis a armadilha da Pedagogia, da Ciência, da
Política, da Economia e da História.
Quando aplico esta lei (dois corpos não ocupam o mesmo lugar) aos veículos de comunicação concluo que suas visões são individuais, derivadas de convenções sancionadas por grupos e entre grupos que tem por objetivo ordenar, organizar e manter a interpretação, leitura ou orientação que sustente a realidade como a conhecemos. Ora esta lei não pode ser contestada porque sua expressão na consciência humana é verificável. Por exemplo: como sabemos da existência da Matemática ? Através da percepção de si e dos objetos em torno. A milhares de anos atrás quando o homem começou a se equilibrar sobre duas pernas precisou de capacidades de orientação e direção no espaço e no tempo. Estas características, próprias da nossa espécie, estabilizam o caminhar produzindo sensações e percepções, elementos constituidores da consciência. Movimentos simples como levantar, abaixar, pegar, segurar, sustentar, correr, andar, subir, descer e sensações como sentir frio, calor, medo, alegria são elementos que quando interagem com o atributos de espaço e tempo originam percepções. Como sabemos do tempo ? Vendo o movimento do Sol. Como sabemos do espaço ? A partir do lugar onde estamos e dos objetos a nossa volta. Desta relação nascem as operações matemáticas básicas (somar, subtrair, dividir e posteriormente multiplicar). Estas simples observações nos levam a elaboração dos argumentos acima. Argumentos que fundam a visão perspectivista chocam-se com verdades únicas, absolutas, monoblocos de saber, que ainda tentam sobreviver nos veículos de comunicação, na forma de discursos analíticos, análises de conjuntura política, social e econômica, ou seja o olhar que vê o todo como parte. Eis a armadilha. Este erro cria e estimula crenças e valores como, por exemplo, a liberdade do consumo, do trabalho, do status, da produção financeira e econômica. Este mesmo Capital se utiliza dos medos atávicos para manter este processo segregador, fragmentário que deturpa o conceito de individualismo para garantir que o sistema funcione, além de legitimá-lo com a participação do individuo.
Quando aplico esta lei (dois corpos não ocupam o mesmo lugar) aos veículos de comunicação concluo que suas visões são individuais, derivadas de convenções sancionadas por grupos e entre grupos que tem por objetivo ordenar, organizar e manter a interpretação, leitura ou orientação que sustente a realidade como a conhecemos. Ora esta lei não pode ser contestada porque sua expressão na consciência humana é verificável. Por exemplo: como sabemos da existência da Matemática ? Através da percepção de si e dos objetos em torno. A milhares de anos atrás quando o homem começou a se equilibrar sobre duas pernas precisou de capacidades de orientação e direção no espaço e no tempo. Estas características, próprias da nossa espécie, estabilizam o caminhar produzindo sensações e percepções, elementos constituidores da consciência. Movimentos simples como levantar, abaixar, pegar, segurar, sustentar, correr, andar, subir, descer e sensações como sentir frio, calor, medo, alegria são elementos que quando interagem com o atributos de espaço e tempo originam percepções. Como sabemos do tempo ? Vendo o movimento do Sol. Como sabemos do espaço ? A partir do lugar onde estamos e dos objetos a nossa volta. Desta relação nascem as operações matemáticas básicas (somar, subtrair, dividir e posteriormente multiplicar). Estas simples observações nos levam a elaboração dos argumentos acima. Argumentos que fundam a visão perspectivista chocam-se com verdades únicas, absolutas, monoblocos de saber, que ainda tentam sobreviver nos veículos de comunicação, na forma de discursos analíticos, análises de conjuntura política, social e econômica, ou seja o olhar que vê o todo como parte. Eis a armadilha. Este erro cria e estimula crenças e valores como, por exemplo, a liberdade do consumo, do trabalho, do status, da produção financeira e econômica. Este mesmo Capital se utiliza dos medos atávicos para manter este processo segregador, fragmentário que deturpa o conceito de individualismo para garantir que o sistema funcione, além de legitimá-lo com a participação do individuo.
Nada
garante de que a velhice será confortável já que isso faz parte do
subjetivo. Não há proteção contra a falência financeira porque
não é possível controle de acidentes, sinistros. A presença do
estado policialesco não garante a segurança física. O sistema de
saúde não garante saúde pois depende mais de cuidados do próprio
indivíduo, ou seja não há garantias. O Capital induz a compras de
falsas seguranças. Se você não produz economicamente você não
pode ter liberdade. Caso ao contrário você deve obedecer ao que tem
sucesso (igrejas, empresas, instituições...conceitos que ordenam a
realidade). Se você tenta ir contra estarás excluído dos serviços,
tanto do público quanto do privado, você simplesmente não participa.
Isto é exclusão.
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