terça-feira, 10 de julho de 2012

Resenha - Assassins Creed - Renascença - Vol. 1


Título: Assassins Creed - Renascença - Vol 1
Autor: Oliver Bowden
Editora: Galera Record, 2011, 378 p.

Descrição do contexto histórico
Período. 1476 - 1520 (Renascença.)
Política. As cidades italianas estavam divididas em Estados Papais e Cidades Estados.
Economia. Comércio, Bancos, Créditos.
Pensamento.  Descobertas científicas através de Leonardo da Vinci e mesmo período o Maquiavel  lançou seu livro O Principe. Estes dois últimos participam como personagens do livro. Avanço das artes. A nobreza como exemplo das virtudes do homem.

O livro nasce da trama do jogo de computador chamado “Assassins Creed”. O trama central da história, tanto do jogo quanto do livro, está na guerra entre duas ordens, duas congregações, duas sociedades secretas, as dos Templários e a dos Assassinos. A primeira tem como objetivo principal dominar o mundo e a segunda impedir a realização de tal objetivo. Esta luta atravessa a História que conhecemos e possui o ponto de partida nas Cruzadas do ano de 1096. O jogo possui episódios conforme o período histórico. As Cruzadas, A Renascença, Guerra Civil Americana, Dias atuais. Não há informações se autor irá lançar livros referentes a estes outros períodos. Sei que um novo livro está disponível, entitulado “Assassins Creed – A Irmandade” Vol. 2.
O livro “Assassins Creed – Renascença” possui características de romance histórico misturada com elementos de aventura, tramas, segredos, traições e o sucesso comercial da eterna luta entre o bem e o mal. A trama foca o personagem central chamado Ezio Auditore, que assiste a execução sumária dos seus irmãos e do seu pai. Logo em seguida Ezio descobre que seu pai era um Assassino e começa a entender as manipulações, mentiras, acordos de bastidores como ferramentas para obtenção e manutenção do poder. Conhece figuras históricas, como Paola, proprietária de um prostíbulo em Florença. Esta beldade veste-se com hábito de freira e prega o sexo libertador além de participar da Crença dos Assassinos. Com ela inicia seu treinamento onde aprende o conceito “não há verdade, tudo é permitido”. A partir desta pequena frase há desmanche de toda a educação que recebeu e inicia sua caminhada para exercer a função que era de seu pai.
A fluidez do texto falha. Percebe-se a tentativa do autor de agitar através de combates individuais, de batalhas, de pequenos assassinatos, além das revelações na hora da morte de seus inimigos. Apesar da trama estar caracterizado neste período histórico Ezio enuncia frases fora de época onde revela a falta de habilidade do autor em caracterizá-lo. Esta situação leva a uma suspeita, que considero grave: a seriedade sobre a pesquisa histórica. Se o autor se utilizou de personagens históricos apenas para criar a história, tudo bem. Se for o contrário o problema está criado. Levar o leitor a pensar que alguns eventos históricos participam da narrativa é de uma leviandade. Acredito que a solução seria apresentar fontes ou avisar que o texto se utiliza de personagens que realmente existiram mas que os fatos a que estão envolvidos não tem haver com que está no livro. Peca na superficialidade das discussões mas os eventos conseguem encobrir esta falha. Leitura fácil. Não serve para referências históricas apesar que as figuras históricas despertam a curiosidade levando a pesquisa. Sua utilidade torna-se eficaz no jogo de computador. Leitura para desopilar, para não se envolver e principalmente para descansar, ou seja, ótima aventura. Creio que logo, logo estará nas telas dos cinemas. É óbvio, não é mesmo ?

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