Título: Espelho dos
nomes
Autor: Marcos Bagno
Editora: Ática, São
Paulo, 2002.
Literatura: Juvenil
Quando
me deparei com este texto fiquei curioso. Primeira coisa estranha que
me deparei foi com a descrição do ambiente em que o personagem
principal se encontra. Não sei como ele entrou lá mas era um
ambiente psicodélico, com portas e janelas nos espelhos. A cada
aventura do menino o ambiente mudava e o desafio também. A segunda coisa é que este menino
(talvez de 12 anos) nunca estava contente com seu nome por isso mudava de nome conforme o desafio. Os desafios são baseados em trava
línguas, maneira de falar, lógica, poemas, conhecimentos. Na
realidade Ariel (era o nome que ele não gostava) está sempre
envolvido em mistérios e tinha a ajuda de um livro falante que
crescia conforme seu conhecimento se desenvolvia sobre o poder das palavras, do
enredo e dos personagens. Daniel (era outro
nome que não gostava) cai nas aventuras linguísticas e nas
armadilhas gramaticais. Desvendar charadas, conversar com coelhos
poetas, dragões esfinges, cidades mudas por ordem do Rei, onde o
mesmo Rei prendeu nos calabouços do palácio todas as palavras do
reino, tirando de circulação o alfabeto, tanto oral quanto escrito.
O mundo de Natanael (mais um nome que não gosta) é formado de
situações gramaticais, linguísticas, estilísticas. É bárbaro! O
autor provoca no leitor a reflexão sobre a rigidez da gramática,
sobre a flexibilidade da língua e sua capacidade de adaptação. A
lição sobre a liberdade e a potencialidade da língua torna-se o
objetivo principal do autor. Muito bom para alunos de Língua
Portuguesa do ensino médio...e para linguistas que querem facilitar
o debate entre gramáticos e linguistas. Como o próprio autor diz::
Falar é fazer – esse é o lema deste livro que leva o leitor a
se aventurar pelo mundo sempre surpreendente das palavras. É com as
palavras que podemos dar nome às coisas que não existem, é de
palavras que são feitos os nossos pensamentos, os nossos delírios,
os nossos medos, as nossas vontades.
Com elas podemos imaginar outros modos de ser, outras coisas para
ver, outros tempos e outros universos para viver, construídos só de
linguagem, matéria-prima dos nossos sonhos.
O espelho dos nomes nos mostra as trilhas sinuosas por onde as
palavras gostam de nos levar até ficarmos perdidos no emaranhado dos
significados sem fim. Aqui elas permitem que os sapos tenham sua
própria língua, que os gansos aprendam grasnática na escola, que
um rei seja capaz de proibir que seus súditos falem, que uma caveira
consiga resolver complicados problemas matemáticos. Aqui um menino
sai à procura de seu nome e, no meio dessa busca, descobre que, por
causa das palavras, as aparências esganam e nem tudo o que parece
deixa de ser o que não é!
Os reflexos que surgem neste espelho dos nomes são as perguntas
que as pessoas vêm fazendo desde que, em algum momento perdido no
tempo, começaram a falar: de onde vêm as palavras? Elas descrevem o
mundo ou elas inventam mundos? Será que todas as coisas têm nome?
Será que todos os nomes se referem a alguma coisa? Por que as
pessoas falam de modos tão diferentes, se a espécie humana é uma
só? Quem disse que eu não posso escrever do jeito que falo? Por que
nenhum dicionário jamais vai conseguir explicar tudo o que uma única
palavra pode querer dizer?
Todas essas perguntas reaparecem aqui, como enigmas que o leitor
terá de resolver com as pistas que as própras palavras traiçoeiras
lhe oferecem. E é preciso encontrar logo as respostas… antes que o
tempo se esgote! Este livro quer mostrar que a língua é muito mais
rica, mais fascinante, mais divertida do que costumamos acreditar, e
que usar esta língua é antes de tudo participar de um jogo
fascinante.
5 comentários:
preciso de um resumo maior....moiou
Amei o lovro😍😍😍😍
Esse livro é mt top!!
amei
este livro é horrível muito sem graça e sem sentido. desculpe-me mais odiei
Postar um comentário