Caminho como quem caminha... Volto pra casa e encontro as mesmas coisas, os mesmos livros, as mesmas pessoas! Tenho sobrevivido de pequenos expedientes. Uma conversa num bicão qualquer, mulheres querendo brincar e que se assustam quando percebem que não estou para brincadeiras; encontro amigos uma vez por semana; um livro ocasional e a tentativa esquizofrênica de conversar com alguém que não quer conversar! Ah! Lembrei! Tem este blog que me parece, está se para se tornar critério para minha sanidade diante da vida...
O que me prende aos melindres deste mundo? Tenho a pretensão de listar todos os comportamentos humanos e isto pode me levar a pensar que o ser humano é entendiante... Mas o que é isso? Uma tentativa de copiar algum autor dândi inglês ? Verdade... Em algum lugar lá atrás perdemos a originalidade e incentivamos a capacidade de reproduzir sentimentos, comportamentos, pensamentos e sonhos... Apesar de intuir que a originalidade perdida está em algum lugar entre Eu e o Mundo!
Caio como cai um morto pois a energia que a Vida me presenteou está fraca o que aponta para uma espécie de decadência que se expressa na procura por idílios, fantasias, logos, idéias místicas de todas as espécies e as coloco em analogia com aquelas figuras dos quadros de Hyeronimus Bosch (1450 - 1516). Nego com todas as minhas forças estes impulsos surrais irreais de fuga da realidade. Apesar de estar sobre aviso de que meu cérebro precisa descarregar de vez em quando, entrar em catarse, desligar por milésimos de segundos e dar a partida, mais uma vez anseio por outras formas de percepção.
Creio como aquele que crê, sem prova, pois não é possível prova com forma e principalmente conteúdo... Sigo assim no caminho observando as cenas quotidianas, rotineiras, ritualísticas en busca de sentir... como diz aquela música mesmo ? Ah sim...
Socorro, não estou sentindo Nada / Nem medo, nem calor, nem fogo / Não vai dar mais pra chorar / Nem pra rir / Socorro, alguma alma, mesmo que penada / Me empreste suas penas / Já não sinto amor nem dor / Já não sinto nada/ Socorro, alguém me dê um Coração / Que esse já não bate nem apanha / Por favor, uma emoção pequena / Qualquer coisa / Qualquer coisa que se sinta / Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva / Socorro, alguma rua que me dê sentido / Em qualquer cruzamento / Acostamento / Encruzilhada, Socorro, eu já não sinto nada / Socorro, não estou sentindo / Nada... (Arnaldo Antunes)
Caminho como quem caminha...
*Salve os materialistas, os idealistas, os profissionais resolvidos, os homens completos, o ser humano sem nóia, salve as pessoas saudáveis, salve todos o que entraram em alguma forma de sonho e não desejam mais... E eu ? continuo a caminhar como quem caminha....
Dica para aqueles que querem estudar conceitos sobre adicção. Ofereço o trabalho das autoras Paula Cristina Monteiro de Barros e Edilene Freire Queiroz:
[...]algo se modifica na constituição subjetiva daquele que se submete ao objeto, na medida em que, minimamente, ele sai da posição de sujeito desejante para a posição de assujeitado, não sendo, pois, sujeito de sua ação.[...]
O que me prende aos melindres deste mundo? Tenho a pretensão de listar todos os comportamentos humanos e isto pode me levar a pensar que o ser humano é entendiante... Mas o que é isso? Uma tentativa de copiar algum autor dândi inglês ? Verdade... Em algum lugar lá atrás perdemos a originalidade e incentivamos a capacidade de reproduzir sentimentos, comportamentos, pensamentos e sonhos... Apesar de intuir que a originalidade perdida está em algum lugar entre Eu e o Mundo!
Caio como cai um morto pois a energia que a Vida me presenteou está fraca o que aponta para uma espécie de decadência que se expressa na procura por idílios, fantasias, logos, idéias místicas de todas as espécies e as coloco em analogia com aquelas figuras dos quadros de Hyeronimus Bosch (1450 - 1516). Nego com todas as minhas forças estes impulsos surrais irreais de fuga da realidade. Apesar de estar sobre aviso de que meu cérebro precisa descarregar de vez em quando, entrar em catarse, desligar por milésimos de segundos e dar a partida, mais uma vez anseio por outras formas de percepção.
Creio como aquele que crê, sem prova, pois não é possível prova com forma e principalmente conteúdo... Sigo assim no caminho observando as cenas quotidianas, rotineiras, ritualísticas en busca de sentir... como diz aquela música mesmo ? Ah sim...
Socorro, não estou sentindo Nada / Nem medo, nem calor, nem fogo / Não vai dar mais pra chorar / Nem pra rir / Socorro, alguma alma, mesmo que penada / Me empreste suas penas / Já não sinto amor nem dor / Já não sinto nada/ Socorro, alguém me dê um Coração / Que esse já não bate nem apanha / Por favor, uma emoção pequena / Qualquer coisa / Qualquer coisa que se sinta / Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva / Socorro, alguma rua que me dê sentido / Em qualquer cruzamento / Acostamento / Encruzilhada, Socorro, eu já não sinto nada / Socorro, não estou sentindo / Nada... (Arnaldo Antunes)
Caminho como quem caminha...
*Salve os materialistas, os idealistas, os profissionais resolvidos, os homens completos, o ser humano sem nóia, salve as pessoas saudáveis, salve todos o que entraram em alguma forma de sonho e não desejam mais... E eu ? continuo a caminhar como quem caminha....
Dica para aqueles que querem estudar conceitos sobre adicção. Ofereço o trabalho das autoras Paula Cristina Monteiro de Barros e Edilene Freire Queiroz:
[...]algo se modifica na constituição subjetiva daquele que se submete ao objeto, na medida em que, minimamente, ele sai da posição de sujeito desejante para a posição de assujeitado, não sendo, pois, sujeito de sua ação.[...]
Nenhum comentário:
Postar um comentário