Por vezes me coloco a pensar: é possível, se não gostarmos da mesma cantora ou dos mesmos autores, ter uma relação com outra pessoa ? Minha experiência tem demonstrado que sim, é possível! Como pessoas com gostos e preferências diferentes conseguem manter uma relação de afeto e de cuidado ? Penso que é a partir do respeito pelo individuo e também pelo medo de ser cobrado da mesma forma e intensidade. Como assim ?
A coisa funciona mais ou menos assim. Se faço alguma coisa que desagrada a pessoa que possui uma relação comigo, esta não irá me criticar, porque também possui algo ou coisa que me desagrada, mesmo que eu não saiba ou que mais tarde eu venha a saber. Todo mundo tem rabo preso ou, pelo contrário, possui postura de adesão ao principio que escolheu viver. Hoje opto em respeitar a individualidade do outro do que partir do medo de ser julgado.
Aquele que se preocupa em ser julgado tem medo da sentença, ou seja, do castigo, flagelo, inferno que irá se impor após tal ato, tanto em seu mundo interno quanto no mundo externo em que vive.
Aquele que opta em respeitar o outro inclui em sua postura o risco de tal atitude, ou seja, pesa e enfrenta o medo.
Aquele que se preocupa em ser julgado tem medo da sentença, ou seja, do castigo, flagelo, inferno que irá se impor após tal ato, tanto em seu mundo interno quanto no mundo externo em que vive.
Aquele que opta em respeitar o outro inclui em sua postura o risco de tal atitude, ou seja, pesa e enfrenta o medo.
Aquele que opta em viver conforme princípio que escolheu olha nos olhos daquele que ironiza atraves da provocação: Ahahahaha...sua namorada gosta de musica sertaneja...por acaso ela pede este tipo de musica na hora da trepada ? Que simples, que miserável, que insosso, que pedante, que romântico... neste momento vem a cabeça duas ou mais opções: 1) responde com silêncio e um sorriso ?; 2) ensina a ele o respeito as diferenças ? 3) enfia uma porrada no indivíduo ? 4)Ou simplesmente manda a merda ? As opções estão dadas.
Minha tendência é calar diante da ignorância. Ignorar um dos princípios que norteia a convivência humana é pedir pra ficarmos em estado de vigília, exclusão e guerra. Por mais pobre que seja o exemplo dado aqui este é o princípio de tolerância praticado entre os Estados através da política, o que evitou, em algumas situações guerras e genocídio iminentes. Claro que não em todas as situações. Os interesses econômicos ou de grupos foram mais fortes. Me coloco a pensar de novo: se este indivíduo estivesse na função de presidente de um Estado e utilizasse esta postura no dialogo com outro Estado qual seria a reação desse ? Creio que no mínimo uma carta de reprovação a tal posicionamento, em nome da diplomacia entre os Estados.
Então lança-se a escrever em um guardanapo sujo de molho de tomate a seguinte frase: Quem não tem o que falar, cala-se. Resolve retirar-se e ao se despedir coloca o guardanapo na mão de tal sujeito. Vira-lhe as costas e e sai sem querer saber do resultado.
A partir desta posição mostro que a individualidade pode ser ofendida e que esta não pode silenciar diante de tal situação. Imannuel Kant afirmava em seu tratado “A Paz Perpetua” e no texto “O que é conhecimento ?” que publicar opiniões é a maneira adequada de acertar, pois ao jogar sua opinião na crítica do coletivo faz com que lapide e melhore seu significado deixando de ser mera opinião para se tornar em um verdade temporária. Ora, o que tem sido confirmado pela prática da Humanidade deve ser avaliado, confirmado, respeitado e levado a todos níveis de convivência entre os indivíduos. Estes princípios não são meras ferramentas diplomáticas e isoladas no campo da Política e sim, uma opção, e acredito que seja a melhor opção para a convivência pacífica entre indivíduos, principalmente amigos. Ah! Sabe aquele amigo, desejo-lhe multiplas experiências com diferentes pessoas!
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