Estou em algum lugar entre Eu e Você... - Como assim ? me digo... Talvez fale a Você que Eu te quero, a desejo! Quando estou em casa, naquelas pausas entre uma leitura, entre sorver um chimarrão e outro, penso em Você... - O que é isto ? penso... Basta uma imagem, um cheiro, um pedaço de pano logo Você me visita... E nisto o prazer é único! Torna-se inpronunciável estar entre Eu e Você... Então me retiro e deixo o Eu e Você em paz e passo a observar o casal no palco da minha mente... O Eu e Você parecem lembrar aquele poema de Mário de Sá Carneiro "Eu não sou eu nem sou o outro,/ Sou qualquer coisa de intermédio:/ Pilar da ponte de tédio/ Que vai de mim para o Outro. (Lisboa--Fevereiro de 1914)...
Entre uma cena e outra percebo o quanto da minha insegurança, o quanto do desejo que faz com que o Eu seja para você o quanto Teu desejo seja para mim... E nesta dança das ansias, dos sonhos molhados e secos, entre olhares, palavras, diálogos silenciosos virtuais me faço, me realizo naquilo que vejo... O Eu e Você... Entidades, entes, figuras, respresentantes que brincam virtualmente comigo... Ah!!! Se Você soubesse que o Eu mente e que não minto... e que Você também mente... E no entanto Tu escreves verdades de forma bela e doce em sua sabedoria... Sabedoria imagética... Creio que me lês e quero crer em te ler... Antes de forma lasciva agora não! Pergunto aos dois, o Eu e Você: - vocês sabem quem está olhando ? Quem os observa ? Vocês me conhecem ? Brinco com eles... Percebo seus pensamentos confusos, suas tentativas de voltar a cena principal e pegar, mais uma vez, o controle. Ah se vocês percebessem que a vida tem por objetivo querer mais e mais vida e que isto se manifesta nos afetos, nos toques e nas carícias sem almejar o instituído , o convencionado, o acordo... Lembro de Artaud em suas atuações teatrais na tentativa de trazer a tona, para acima do processo civilizatório o primevo, o primordial, a natureza que está abafada, que foi deturpada, violentada...
E nessas brincadeiras meu amor, entre o teu olhar imagético e a tentativa do meu olhar distanciado das personas me vejo como realmente sou... Retiro a máscara e me diluo, me dissolvo na minha natureza... Tudo isto para dizer a tí que não sou um soldado, muito menos um uniforme pendurado no cabide esperando pelo seu corpo... Meu olhar é físico e interfere no que vejo... Lembra algumas linhas atras meu amor ? Quando inqueri o Eu e Você - percebe minha ferida aberta- como eles ficaram confusos ? Ah... Por que quando estou na tua frente meu desejo de te abraçar, te beijar e possui-la não se realiza ? Será meu amor que as personas estão a nos olhar ?
Uma dica: Persona de Ingmar Bergman
Entre uma cena e outra percebo o quanto da minha insegurança, o quanto do desejo que faz com que o Eu seja para você o quanto Teu desejo seja para mim... E nesta dança das ansias, dos sonhos molhados e secos, entre olhares, palavras, diálogos silenciosos virtuais me faço, me realizo naquilo que vejo... O Eu e Você... Entidades, entes, figuras, respresentantes que brincam virtualmente comigo... Ah!!! Se Você soubesse que o Eu mente e que não minto... e que Você também mente... E no entanto Tu escreves verdades de forma bela e doce em sua sabedoria... Sabedoria imagética... Creio que me lês e quero crer em te ler... Antes de forma lasciva agora não! Pergunto aos dois, o Eu e Você: - vocês sabem quem está olhando ? Quem os observa ? Vocês me conhecem ? Brinco com eles... Percebo seus pensamentos confusos, suas tentativas de voltar a cena principal e pegar, mais uma vez, o controle. Ah se vocês percebessem que a vida tem por objetivo querer mais e mais vida e que isto se manifesta nos afetos, nos toques e nas carícias sem almejar o instituído , o convencionado, o acordo... Lembro de Artaud em suas atuações teatrais na tentativa de trazer a tona, para acima do processo civilizatório o primevo, o primordial, a natureza que está abafada, que foi deturpada, violentada...
E nessas brincadeiras meu amor, entre o teu olhar imagético e a tentativa do meu olhar distanciado das personas me vejo como realmente sou... Retiro a máscara e me diluo, me dissolvo na minha natureza... Tudo isto para dizer a tí que não sou um soldado, muito menos um uniforme pendurado no cabide esperando pelo seu corpo... Meu olhar é físico e interfere no que vejo... Lembra algumas linhas atras meu amor ? Quando inqueri o Eu e Você - percebe minha ferida aberta- como eles ficaram confusos ? Ah... Por que quando estou na tua frente meu desejo de te abraçar, te beijar e possui-la não se realiza ? Será meu amor que as personas estão a nos olhar ?
Uma dica: Persona de Ingmar Bergman
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