Meu trabalho é focado na Vida.
Converso, discuto, aponto, opino, indico o que pode ser melhor para alguem naquele momento.
E faço isso porque a pessoa autorizou a entrar em sua Vida. Feito isso aponto dificuldades, intempéries , pontecialidades, superficialidades.
Mas qual é o meu objetivo ? É uma satisfação egoísta ? É sentir-se poderoso por estar influenciando alguem ?
Vejo a mim, neste exato momento, e encontro um indivíduo cheio de melindres, caminhando com respeito e tato por dentro daquela Vida. A partir desta postura concluo que tenho Amor. Um amor pelo Outro, pela liberdade do Outro pois sua liberdade implica na minha. Incursionar pela Vida do Outro é encontrar as mesmas dificuldades, os mesmos receios, as mesmas dúvidas. Percebo que há uma troca entre Eu e o Outro. Eis a mágica, eis a justificativa final de sermos humanos: a habilidade de nos colocar no lugar dos outros.
Então utilizo este caminho para olhar um pouco o uso de drogas. E descubro que nem sempre os problemas daquela Vida advém do uso de drogas. Percebo que a fome, a miséria, a família desestruturada, a dificuldade de acesso a Justiça, doenças, acesso a Saúde, a dignidade etc...ou seja, os problemas cotidianos que, para alguns, tornaram-se rotineiros, para estes tornam-se sofrimentos insustentáveis. Então percebí que algumas pessoas são mais capazes que outras e vice-versa. Também ví que, a pessoa que é mais capaz em uma determinada área é incapaz em outra. Então, onde está o desequilibro ? Esta na falta de acesso!
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