terça-feira, 11 de maio de 2010

Carta a ti Mana...

Minha irmã, amada, querida e desejada. Deu-me um susto. Falou que começou a esquecer de mim, da terra, do Brasil. Ah irmã, este é o efeito da lonjura ? Este é o encanto das terras estranhas ? O esquecer ? Mana, te amo e não importa como ou que situação. Longe, perto, de lado, em cima, em baixo...onde estejas meu coração esta contigo. Por um momento invejei esta possibilidade de esquecer. Olhei pra mochila atirada em cima do meu armário e quase parti. Esquecer! O amor não deixa esquecer! Mas o amor em sí ameniza. Por isso ame tudo isso, a nova terra, os novos amigos, as oportunidades tanto as perdidas quanto as que virá. Lembre-se que teu coração é teu guia e isto que nos irmana, nos humaniza. E mesmo que estejamos separados em nenhum momento posso te esquecer, por que amo, por que te amo. Obrigada por tudo. Obrigada por ser quem és. Guerreira, amiga, carinhosa, firme, sensível, tolerante e principalmente cheia de vida! Sabes que te admiro muito e tens sido a única da minha família a dar-me alegrias e a possibilidade de me sentir orgulhoso. 
De mim o que posso te ofertar ?
Minha visão do que a vida é no agora ?
Que as relações superficiais somente tomam o teu tempo ?
que os amigos sinceros são preciosos ?
Que a coragem é um atributo para poucos ?
que o medo é paralisante ?
A alegria que ter sido amado e te amar ?
Ah irmã distante e tão perto,
o que tenho a te ofertar é tão pouco e tão soberbo que chego a envergonhar-me das minhas palavras...sinto-me como um menino que não encontra palavras, pior, as engole...nervoso e feliz!
Agora tenho a certeza que não me esquecerás mesmo que eu faça esforço para desaparecer diante dos teus olhos...mesmo que eu não queira estar perto das pessoas...
As veze mana, peço que não me ames mais pois assim não preciso amar as pessoas...
Chego a conclusão que as tuas cenas em minha memória me incentivam a continuar desejando, querendo o melhor. Estas na minha vida, entendes ? Não há como te tirar, como te cortar, apagar de mim...e por horas agradeço, por horas odeio...pois isto me deixa vivo!

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